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sábado, 24 de setembro de 2005

A Canção Brasileira...

Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões
De corações brasileiros
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Essa história começou com uma mensagem de celular. Eu andava, desavisado e descuidado (=p), quando uma mensagem trilhou o seu caminho até o meu telefone, afirmando da maneira mais poética do mundo, ou pelo menos soou desse modo aos meus ouvidos, que de fato "Os personagens dessa opereta representam gêneros ou instrumentos musicais e narram o amor entre a canção brasileira e o samba, contra a vontade de sua mãe modinha, do sei pai lundu e do pretendente burguês, o tango".
Nada soaria mais doce aos meus ouvidos, já que a saudade de minha namorada começava a apertar, afinal de contas, o final de semana se aproximava.
Recebi esse recado e, antes mesmo de me perguntar quem o havia mandado, me fiz uma pergunta ainda mais profunda e , portanto, para você que lê este texto sem conhecer os ânimos de quem o escreve, pode achá-la carregada de ingenuidade, tolice, sonho ou até mesmo, pura e simples incapacidade de interpretar um texto. O que um expectador desavisado de minhas confidências "bloguísticas" pode ignorar é, puxa vida, o romantismo reprimido que dificilmente toma lugar e o faz, inconvenientemente, em meus momentos mais solitários. Me perguntei então: Que opereta era esta que me propunham? A Vida? Uma vida? Uma vida mais musical? É, sim, uma letra de música que meu amor me mandou ! (?)
Pois bem, eis a Opereta:

"Os personagens desta opereta representam gêneros ou instrumentos musicais e narram o amor entre a Canção Brasileira e o Samba, contra vontade de sua mãe, Modinha, seu pai Lundu, e seu pretendente burguês, o Tango.
A opereta A Canção Brasileira tem início no palácio de Modinha, uma rica e elegante senhora, casada com Lundu, mais velho que ela, e saudosista do sucesso de outrora. O casal prepara-se para receber os convidados estrangeiros que vêm conhecer a Canção Brasileira, sua filha recém-nascida. São apresentados através de números musicais o couplet francês, a Valsa Vienense e por último o Fado, visitantes esperados pelo casal. De repente, ouve-se um barulho - Flauta, o Cavaquinho e o Violão, três moradores do morro, invadem o salão para conhecer Canção. Seu humor brejeiro contrasta com a formalidade dos convidados presentes. Encantados com a beleza de Canção, e apostando que ela será mais feliz levando o que acreditam ser uma vida tipicamente brasileira, resolvem raptá-la e levá-la para o morro. É para lá também que Maxixe acaba de levar seu filho, o Samba, que será criado no meio do povo, como Canção."





Eu fui pessoalmente conferir a peça, pois a descrição me parecia texto descritivo mais atraente a passar por meus olhos em muito tempo. Vocês podem achar, por um momento, que com tanta expectativa, principalmente aquelas mal direcionadas, dificilmente coisa alguma estaria a altura. Entretanto, dentre surpresas, arrepios e emoções contidas, a peça valeu cada centavo e a inétida afirmação, de minha parte pelo menos, de valer muito mais do que eu me propus inicialmente a pagar.

Uma análise extremamente poética de nossas paixões melódicas e de nossas influências instrumentais, causou-me arrepios. É indescritível frente uma primeira análise, mas com calma conseguimos pensar em alguns adjetivos apropriados para esse espetáculo hipnotizador, e é por isso que o meu convite é para que vocês mesmos o adjetivem, pois não existiria homenagem mais lisongeira. ;o)

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ESTRÉIA: 2/9/2005, às 19h
TEMPORADA: até 23/10/05 (de quinta a domingo às 19h).
DURAÇÃO: 120 minutos
LOCAL: Teatro do Centro Cultural Correios (lotação 180 lugares): Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro - Rio de Janeiro/RJ - Tel (021) 2253-1580.
INGRESSOS: 5ª e 6ª R$ 10,00 Sáb. e Dom. R$ 15,00.
Maiores de 65 anos e estudantes com carteira da UNE pagam meia-entrada.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: Livre

Fontes:
Beatriz, a namorada (ela que mandou a msg. então tá + pra inspiração do q pra fonte, mas td bem)
UOL-Guia da Semana
CCC - Centro Cultural dos Correios

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